quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Notícias da República Tcheca - Editada dia 14 de janeiro de 2010

O inverno deste ano na República Tcheca começou, na prática, só depois do Natal, quando a neve cobriu todo o território nacional, inclusive a capital, Praga, com uma camada de 40 centímetros. Simultaneamente à chegada da neve, avançou a epidemia da gripe suína que, apesar da vacinação que começou em novembro, contabiliza o aumento no número de casos. Por isso, o governo tcheco importou mais vacinas e ampliou o grupo dos que vão receber o medicamento, incluindo deficientes, crianças e doentes e os trabalhadores em serviços essenciais como militares, bombeiros, médicos, enfermeiros.

A prestigiada revista Gramophone seleciona anualmente as melhores gravações de música erudita. Em 2009 foi escolhida a gravação da obra Julietta Fragments do compositor tcheco Martinu, como a melhor na categoria recital, a interpretação foi da mezzo-soprano tcheca Magdalena Kozena, que cantou acompanhada pela Filarmônica Tcheca.

Na República Tcheca, a música erudita tem uma tradição de mais de 1000 anos. Uma plêiade de grandes compositores e intérpretes tchecos faz parte da elite mundial. Também se destacam os fabricantes de instrumentos musicais, tanto de pianos – a marca Petrof, por exemplo – como de instrumentos de sopros – a marca Amati –. Nos instrumentos de cordas o luthier Premysl Otakar Spidlen é considerado o maior especialista nos segredos dos famosos violinos Stradivarius. Analisando-os, ele defendeu a teoria de que o som característico dos famosos violinos não depende somente das medidas, mas principalmente da tinta usada no polimento. O luthier afirma que descobriu a composição da tinta do velho mestre e a aplicou nos instrumentos fabricados por ele. E realmente, de aproximadamente trezentos violinos de sua autoria, vários ganharam prêmios internacionais e conquistaram a preferência de grandes virtuoses, entre eles, o tcheco Josef Suk e o americano Yehudi Menuhin. A tradição da família Spidlen como construtores de violinos começou no século 19 e vem passando de pai para filho. O recente falecimento, no dia 6 de janeiro, de Spidlen pai, entristeceu o meio mas não abalou a tradição, pois o filho Jan aprendeu tão bem a profissão que já faz parte da elite dos maiores fabricantes europeus.