Há cem anos, em
28 de julho de 1914, começava a Primeira Guerra Mundial que envolveu não só
potências mundiais daquela época como também populações que não tinham nenhum
interesse no conflito.
Foi o caso dos tchecos, cujo reino fazia parte do Império
Austro-Húngaro, que deu o primeiro impulso para o começo da guerra. E como
súditos, os tchecos foram obrigados a integrar tropas do império e participar,
mesmo contra vontade, das sanguentas batalhas. Uma parte dos tchecos, que
desertou do exército austríaco, ou que residia no exterior, formou legiões de
voluntários que lutaram contra o Império Austro-Húngaro. Somando os dois lados
envolvidos no conflito o total de soldados tchecos chegou perto de hum milhão e
meio de combatentes, dos quais cerca de 150 mil sucumbiram nos campos de
batalha.
Na República
Tcheca não tem mar nem montanhas altas. O monte mais alto é o Snezka e tem só
1.600 metros. Para subir ao topo não precisa nem de cordas nem de muito esforço,
é só pegar um teleférico. Os esportistas tchecos que sentem atração pelas
alturas extremas precisam procurar outros países. Muitos desses esportistas
estão inscritos nos livros de recordes. O mais recente a ter seu nome incluído
no famoso livro é Radek Jaros, de 50 anos. Em julho, ele alcançou o pico K 2, do
Himalaia, na Ásia, a segunda montanha mais alta do mundo, com 8.611 metros. Com isso completou a conquista das
14 montanhas mais altas do mundo, chamadas de as “eight-thousanders” – com mais
de oito mil de altura –, alcançadas sem uso de oxigênio. Radek Jaros é o primeiro tcheco a obter essa
façanha, conhecida como a Coroa do Himalaia. Esse sucesso é resultado de longos
treinamentos e tamanha força de vontade, que nem a amputação de vários dedos
dos pés, congelados numa escalada
anterior, conseguiu prejudi
car.