Na última
quinta-feira, 29 de novembro foi aberta
uma exposição dedicada ao octogésimo aniversário do ex-presidente tcheco Václav
Havel, no SESC da 504/505 Sul. Havel foi um presidente que ficou no coração do
povo para sempre, diferentemente de alguns que, quando terminam sua missão, são
logo esquecidos, como bem destacou no seu discurso o embaixador da República
Tcheca em Brasília, Jirí Havlík.
Ele lembrou a trajetória do ex-presidente como
um homem corajoso que se opôs à ditadura comunista com seu aparelho opressivo.
Protestou contra a ocupação da Tchecoslováquia pelas tropas soviéticas em 1968
e assinou a famosa Carta 77, na qual intelectuais corajosos discordavam
veementemente da ditadura reinante no país. Havel foi preso, torturado e seus
livros e dramas teatrais, nos quais ele mostrou uma capacidade excepcional de
identificar erros e crimes do regime totalitário e formular a filosofia e a
essência da democracia moderna, foram proibidos.
A luta de Havel
em defesa dos direitos dos cidadãos e da liberdade de expressão, recusava a
violência, a opressão. A preferência pelo diálogo transformaram-no em líder
nacional, cuja consequência natural foi sua eleição para o cargo de presidente
da República Tcheca. Ele foi um exemplo de artista e escritor sem pretensões
políticas. Ainda assim, foi conduzido pela vontade popular ao mais importante
posto de uma república, posto esse que ocupou por onze anos.
Concluindo seu
discurso, o embaixador Jiri Havlík salientou que a mensagem deixada por Václav Havel é universal e atemporal. Ele
defendia que é dever de qualquer país respeitar e proteger os direitos humanos
dos homens e das mulheres em qualquer parte do mundo.
A exposição recém
inaugurada na SESC 504/505 fica aberta até 14 de dezembro. A entrada é
franca.