O dia 21 de Agosto traz uma triste lembrança para o povo tcheco. É que em 1968, 47 anos atrás, as tropas da União Soviética e do pacto de Varsóvia, compostas por tanques e centenas de milhares de soldados, invadiram a antiga Tchecoslováquia.
Os invasores ocuparam a República, prenderam os governantes e instalaram um novo governo, submisso ao comando de Breznev, matando o sonho do socialismo humanitário imaginando pelo então líder tcheco, Alexander Dubcek, que, cheio entusiasmo, patriotismo e esperanças, estava no poder havia apenas sete meses. A concepção socialista do dirigente soviético Leonid Breznev era bem diferente e muito menos democrática. De socialismo só ostentava o nome, pois, na prática, era uma cruel ditadura. A experiência tcheca foi esmagada por ser considerada perigosa, segundo a opinião dominadora dos soviéticos. Demorou 22 anos para que o país reconquistasse a soberania e com isso a independência política, que só aconteceu depois da queda do muro de Berlim.
Nestes Jogos Olímpicos, realizados no Rio de Janeiro, os atletas tchecos
não se aproximaram das glórias do passado. Até quarta-feira, dia 17 de Agosto,
o resultado era magro: só sete medalhas, sendo uma de ouro, do judoca Lukas
Krpálek; uma de prata, de canoagem de velocidade e cinco de bronze, divididas
entre tênis, remo e canoagem slalom. Mas como ainda faltam alguns dias para o
fim dos jogos, essa safra ainda pode aumentar.