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     A democracia é uma arte complicada e imprevisível. O mesmo povo é capaz de eleger representantes com características e idéias totalmente opostas. Isso aconteceu nos últimos anos na República Tcheca. Nas últimas eleições, foi eleito para presidente da República Milos Zeman, um populista, amigo da Rússia e inimigo dos refugiados árabes, e para dirigir o governo foi eleito o 1º. Ministro Bohuslav Sobotka, presidente do partido Social Democrata.

Político profissional que ocupou cargos importantes em outras administrações, Buhorlav é um técnico que conseguiu elevar no país níveis econômicos, como emprego, competitividade comercial no mercado internacional e estabilidade da moeda. É bem afinado com a União Europeia e respeitado por lideres europeus. Infelizmente não existe harmonia entre ele e o presidente que às vezes age como se acumulasse os dois cargos, exatamente com era na época do sistema comunista. E assim surgem os atritos. Em setembro passado, na abertura da seção anual das Nações Unidas, a República Tcheca tinha dois representantes, o presidente que discursou na Assembléia e o primeiro ministro que se reuniu com representantes de outros países. A desarmonia governamental chegou a tal ponto, que o presidente viajou para Nova Iorque no avião presidencial e o ministro, num outro avião. Além de desperdício do dinheiro público, as atitudes desse tipo mancham a imagem da República Tcheca perante a comunidade internacional.

     Em janeiro, a natureza na República Tcheca endoidou. As temperaturas negativas de 15 graus  do começo do mês mudaram, de repente, para 15 graus positivos. Isso, em pleno inverno!! Dá saudade dos invernos normais com lagos congelados e árvores cobertas de neve.