Amanhã comemora-se o dia nacional tcheco, ocasião em que se relembra a fundação da Tchecoslováquia em 1918. Até aquele ano, existia um reino tcheco, ás vezes independente, às vezes subordinado a vizinhos poderosos. Por cerca de 400 anos, de 1526 a 1918, o reino tcheco viveu incorporado ao império Astro-Hungro governado pela família de Habsburg. Durante o domínio, os austríacos tentaram de todas as formas “germanizar” o povo tcheco e convertê-lo á religião católica. Terminada a Primeira Guerra Mundial, o povo tcheco reconquistou sua independência, libertou-se do jugo austríaco e criou a primeira república chamada Tchecoslováquia, unindo a Boêmia, a Morávia, (que abrigam o povo tcheco), a Eslováquia, e o povo de uma pequena parte da Rússia, que se situava aos pés das montanhas chamadas “Carpatas”.
Para presidente da nova república foi eleito o professor Tomás G. Massaryk, um filósofo e intelectual de grande prestigio na comunidade internacional daquela época. As regiões da Boêmia e da Morávia, dentro da República, eram fortemente industrializados e tinham relativamente alto padrão de vida. Já a parte eslovaca, de forte influência húngara, era mais agrícola. Durante os 20 anos seguintes a Tchecoslováquia desenvolveu ainda mais o parque industrial e o sistema democrático formado por um parlamento, partidos políticos, primeiro ministro e presidente. Com a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha vizinha, a minoria alemã que vivia na Tchecoslováquia começou a organizar um movimento contrário ao governo, que culminou, no ano de 1938, com a anexação da parte da República Tcheca ao 3º Reich de Hitler. A parte eslovaca proclamou sua independência, criando o estado Eslovaco, e se aliou a Hitler. E assim terminou a primeira República da Tchecoslováquia, cuja fundação, no dia 28 de outubro de 1918 está sendo comemorada.