Na
última sexta-feira, 13 de abril, faleceu, aos 86 anos, Milos Forman, diretor de
cinema tcheco, ganhador de duas estátuas de Oscar e de três Globos de Ouro, a
versão francesa de Oscar. Formado em Praga na Faculdade de cinema da Academia
das Artes, logo nos primeiros filmes conquistou elogios de críticos
cinematográficos. Entretanto, o filme O
Baile dos Bombeiros sobre bombeiros voluntários e suas trapalhadas
numa vila do interior, rodado em 1967, foi duramente criticado pelos poderosos
dirigentes do Partido Comunista. Censurado e impedido de trabalhar livremente,
Forman emigrou para os Estados Unidos, onde obteve seu reconhecimento
internacional que culminou com o filme Um
estranho no Ninho sobre um interno em um manicômio, ganhador de 5
Oscars, e com o filme Amadeus,
retrato de um Mozart indomável, que levou 8 Oscars. Todos os meios de
comunicação mundiais lamentaram o falecimento desse autêntico e ímpar artista
do cinema. A reação mais afetiva veio na imprensa tcheca que o qualificou como
o melhor diretor tcheco de todos os tempos e um dos maiores do mundo. Adorado
por atores, colaboradores e até por concorrentes, seu legado aguarda uma
análise profunda, tanto do ponto de vista técnico, como estético e humano. O
povo tcheco perdeu um patrício que prestou um serviço incalculável na difusão
da cultura tcheca pelo mundo.