quinta-feira, 12 de junho de 2014

Notícias tchecas para 14 de junho de 2014


Emigração é um fenômeno comum, desde os tempos mais antigos. Os motivos são os mais diversos, desde escassez de comida, até opressão política ou religiosa. Recente estatística informou que, após o ano de 1989, cerca de 200 mil tchecos emigraram para outros países. Somando com emigrantes anteriores, vivem no exterior mais de dois milhões de tchecos, um quinto da população atual da República Tcheca, que conta com aproximadamente dez milhões de habitantes. Descute-se, no congresso tcheco um projeto chamado Re-Turn, que pretende levar parte desses tchecos de volta à pátria e aproveitar a experiência deles. Na maior parte são pessoas corajosas que enfrentaram as dificuldades da língua e ambientes desconhecidos e venceram. Sua reintegração à economia e vida social na República Tcheca certamente dará novos impulsos e energia ao progresso do povo tcheco.
     Existem fases na história dos povos que deixaram marcas para sempre. Podem ser acontecimentos alegres ou trágicos. Uma das piores experiências para qualquer povo é a guerra e suas conseqüências. Os tchecos nunca vão esquecer o drama da Segunda Guerra Mundial e a cruel ocupação do país pelas tropas fascistas. Essas lembranças estão presentes em livros, filmes e obras plásticas. A ópera não poderia ser omissa. O compositor tcheco Viktor Ulmann retratou os horrores do regime totalitário alemão, do qual se tronou vítima, e os absurdos da Segunda Guerra Mundial na ópera “O Imperador de Atlântida ou a Recusa da Morte em Matar”. O que é inédito nessa ópera moderna, que combina elementos clássicos com o jazz americano, é o fato de ter sido apresentada recentemente na Escola de Música, em Brasília, por seis atores e uma orquestra de 15 musicistas, todos brasilienses, regidos pelo maestro Gustavo Koberstein.