Neste
ano, os tchecos têm várias datas para lembrar e outras para comemorar. A
fundação da Tchecoslováquia, há exatos cem anos, será comemorada em grande
estilo. Já a ascensão dos comunistas ao poder em 1948 e a invasão das tropas
soviéticas em 1968 só serão lembradas. Não há nada a comemorar. Uma forma
de lembrar datas importantes ou lugares visitados são os souvenires.
Canecos, pratos ornamentais, fotografias, livrinhos, imãs de geladeira,
plaquetinhas de metal para afixar nas bengalas ou nos chapéus são os mais
comuns. Na República Tcheca existe uma firma dedicada à fabricação destas
bugigangas. A especialidade da casa são os pequenos medalhões de madeira com
dizeres relativos a cada evento.
No ano passado, os 700 anos de nascimento do rei Carlos IV foram comemorados com a
emissão especial desses medalhões. Neste ano, além das principais datas nacionais, serão lembradas datas locais, como a abertura de uma prefeitura, feitos de uma personagem do lugar e similares, totalizando a produção anual de
cerca de 130 tipos de medalhões e lembranças, alcançando o total de um milhão e
meio de produtos. Nada mal!
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Na quarta-feira passada, o presidente Milos Zeman comemorou sua reeleição para
o principal cargo da República Tcheca. Houve um concerto comemorativo,
realizado no Castelo de Praga, residência oficial dos presidentes. Zeman reuniu
cerca de mil amigos e apoiadores para apreciar o programa, que mesclou música
erudita e popular com discursos políticos. Paralelamente, milhares de pessoas
manifestaram nas ruas seu repúdio às declarações insistentes do presidente
contra jornalistas e a televisão, que tiveram a coragem de criticar o todo
poderoso mandatário.