O balanço dos
resultados dos esportistas tchecos nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro deste
ano não foi nada favorável e reavivou muita saudade do passado. Atletas como
Emil Zatopek, Dana Zatopkova, e vários outros que conquistaram uma safra de
medalhas, não prepararam os seguidores. E quando se fala em campeões do
passado, surge outro nome, a ginasta Vera Caslavská, que faleceu nesta
terça-feira aos 74 anos, em conseqüência de câncer do pâncreas. Nos jogos
olímpicos de 1968, no México, ela conquistou quatro medalhas, três de ouro e
uma de prata. Nos anos seguintes, ganhou mais sete medalhas olímpicas.
Fora das
olimpíadas, em campeonatos mundiais e europeus, ela conquistou 140 medalhas,
entre elas 22 de ouro, o que a classifica como a esportista tcheca de maior
sucesso nas competições mundiais. Além das medalhas, ela recebeu muitas
homenagens e teve sua vida retratada em um filme. Em 1968, quando a União
Soviética invadiu a Tchecoslováquia, Caslavska protestou publicamente e, como
castigo aplicado pelo presidente tcheco na época, o comunista Husák, ela foi
expulsa de todas as associações esportivas e proibida de competir. Para
sobreviver, trabalhou vários anos como faxineira. Esse foi o reconhecimento do
governo comunista pelas glórias que ela deu ao país. A morte da Vera Caslavska,
essa grande esportista e patriota tcheca, que brilhou na ginástica artística, deixa
todo país de luto por muito tempo.