Faleceu, no dia 18
de março, o cardeal tcheco Miloslav Vlk. Aos 84 anos perdeu a batalha contra o
câncer de pulmão e de ossos. Vlk formou-se originalmente na Universidade Carlos,
em Praga, na especialidade de arquivista. Em 1964 entrou para o seminário e, em
1968, recebeu o grau de padre. Exerceu a função nas pequenas vilas do interior,
mas, em 1978, o governo comunista proibiu-lhe de exercer o sacerdócio. Ele foi trabalhar
como lavador de janelas, mas, secretamente, continuou a rezar missas. Em 1º de
janeiro de 1989, após a queda da ditadura comunista na República Tcheca, ele
recebeu de volta a licença para exercer a função de padre. Um ano depois foi
nomeado bispo. Em 1991 foi promovido a arcebispo de Praga e, em 1994, foi
nomeado cardeal e como tal participou, como único tcheco, do conclave para
eleger o papa Bento XVI. A importância do falecido cardeal não se restringiu à
igreja católica. Com sua seriedade e prestígio, ele participou ativamente da
complexa problemática social na Repúb
Após dois dias de
exposição, o corpo do cardeal será depositado hoje na capela dos arcebispos
falecidos, na Catedral de São Vit no castelo de Praga. Para a solenidade
fúnebre são aguardados arcebispos e cardeais dos países vizinhos, além de políticos,
artistas, autoridades e principalmente os católicos tchecos para os quais o Vlk
foi um exemplo de padre e pastor, sempre preocupado com o povo. Infelizmente, o
presidente tcheco Milos Zeman não esqueceu as divergências que teve com o
dignitário católico e anunciou sua ausência na cerimônia fúnebre.