Notícias Tchecas

       Atualmente, discute-se muito no Brasil sobre a previdência social, idade para se aposentar, licença maternidade e outros assuntos afins. O Senado da República Tcheca aprovou nestes dias uma novela que autoriza a licença de maternidade – para os pais. São sete dias de folga, porém com salário reduzido: só 70 % do salário normal. Assim, os maridos vão ajudar as mães a trocar fraldas, dar mamadeira e cuidar dos recém-nascidos nas noites, quando resolvem chorar sem parar. Mas, comparando com outros países, esse benefício é bem pequeno. No Japão e na Coreia, os recém-pais tem direito a 52 semanas de licença renumerada. Já na Itália, esse benefício é só de um dia.  

 Arqueólogos tchecos descobriam que o território tcheco já era habitado 11 mil anos atrás. Perto da cidade de Plzen, eles descobriram uma pequena fortaleza, a Monte de Padre, habitada por nativos. Na época, as ferramentas eram feitas de pedras, posteriormente de bronze. Os objetos encontrados provam a ocupação contínua até o século 11, quando a fortaleza foi destruída pelo fogo e abandonada.

        O Trio Smetana, formado por violino, violoncelo e piano, é um dos principais conjuntos camerísticos tchecos.  Apresenta-se regularmente nas principais salas de concerto na Europa, Ásia e América. No Brasil já tocou várias vezes em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e outras cidades. Recentemente uma gravação feita de trios do compositor tcheco Bohuslav Martinu ganhou o prêmio do jornal inglês BBC Music Magazine Award na categoria de música de câmara. Há dez anos, em 2007, o conjunto ganhou o mesmo prêmio pela gravação de trios de Antonin Dvorak.  O Trio Smetana é um cartão de visita da arte interpretativa dos músicos tchecos, que conquistam cada vez mais o reconhecimento mundial.   

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     A República Tcheca tem uma rica história, que está registrada em documentos, quadros e em construções. A arquitetura no país é repleta de castelos antigos, igrejas e catedrais, palácios e prédios mais modernos. A importância desses tesouros arquitetônicos para as futuras gerações é tanta que a Organização das Nações Unidas, através da UNESCO, incluiu seis deles no acervo de Reservações Bioesféricas que merecem proteção especial supervisionada pela organização. 

Na lista da herança cultural e natural da UNESCO, constam 12 objetos localizados na República Tcheca. Naturalmente que em primeiro lugar consta o centro histórico de Praga. A beleza desses e outros objetos arquitetônicos acrescentada à natureza deslumbrante, lindos parques e riquíssima vida cultural atrai cada vez mais turistas para o país. Estatísticas informam que, em 2016, a República Tcheca, um país com cerca de dez milhões de habitantes, recebeu 32 milhões de turistas, ou seja, três turistas para cada cidadão, incluindo os recém-nascidos. A economia tcheca agradece a contribuição dos visitantes para o orçamento do país.

       Parece que a tal falada crise econômica mundial não atingiu a indústria tcheca. A previsão de exportação dos produtos do país para esta primeira parte do ano é de um aumento de doze por cento. Mesmo com as prováveis restrições americanas aos produtos europeus, os tchecos estão otimistas; as fábricas trabalham com a capacidade total.  Oxalá, continue assim por muito tempo!

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     O jovem tcheco Jakub Hrusa foi nomeado maestro visitante na temporada 2017/18 da principal orquestra sinfônica londrina, a Philharmonia Orchestra. Hrusa regeu essa orquestra pela primeira vez em 2011, e, devido ao grande sucesso daquela apresentação, voltou várias vezes para a estante de regente da sinfônica londrina. A nomeação para o cargo de maestro visitante permanente é um passo para uma futura possível contratação definitiva como chefe. 

A Philharmonia Orchestra foi fundada em 1945, depois da segunda guerra mundial. Entre seus maestros constam nomes famosos, como Toscanini, Richard Strauss, Karajan e Klemper. O tcheco Hrusa, apesar de ter só 36 anos, não é nenhum novato entre as estrelas mundiais da regência. Ele é o maestro principal da Sinfônica de Bamberg, na Alemanha, e maestro convidado da Filarmônica Tcheca e da Orquestra Metropolitan de Tóquio.

     Este ano o verão antecipou a chegada, na República Tcheca. As temperaturas em abril, em torno de 25 graus, são típicas dos meses de junho a agosto e não do começo da primavera. Talvez a natureza queira compensar a população pelo inverno bastante rigoroso com temperaturas em torno de 20 graus negativos e fartura de neve não somente nas montanhas, mas também nas regiões baixas. Quem está gostando desse calor são as moças que desfilam nas ruas com vestidos leves ou bermudas bem curtas, atraindo os olhares de admiração. 

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   A morte de Jesus Cristo é lembrada por todos os cristãos, independentemente da nacionalidade e da igreja que freqüentam. O que varia, são os rituais e as tradições comemorativas. Variam até os dias da comemoração. O dia mais importante é a sexta-feira da Paixão, que no Brasil e considerado feriado nacional. Já na República Tcheca, o feriado é na segunda-feira. Uma das tradições ligadas à Páscoa são os ovos pintados. Ovos cozidos são pintados de várias cores, muitas vezes com desenhos verdadeiramente artísticos. Também se pintam ovos vazios.

Com um pequeno furo se esvazia o ovo cru, que depois será pintado. A vantagem do ovo vazio é a durabilidade. Ele pode se guardado para os anos seguintes. Outra tradição popular refere-se ao destino desses ovos pintados. Na segunda-feira, rapazes armados com varinhas enfeitadas visitam as casas onde moram moças e simbolicamente batem nelas com essas varinhas. Para se salvarem, as moças precisam dar aos rapazes os ovos pintados e oferecer-lhes um pequeno lanche, uma bonita tradição que, infelizmente, não chegou ao Brasil.

   “A Sociedade Cultural Brasil-República Tcheca, na pessoa do seu presidente, o professor Bohumil Med, deseja à todos os amigos do Blog, uma Feliz Páscoa.”

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    A fabricação de instrumentos musicais tem uma longa tradição na República Tcheca. Uma das maiores fábricas de cordas na Europa, que fabrica  violinos, violas, violoncelos e contrabaixos é a Strunal, situada na pequena cidade de Luby, nas montanhas fronteiriças com a Alemanha. A madeira para essa finalidade vem de florestas seculares da região. Há, ainda, bem perto de lá, outra grande fábrica, a Amati, na cidade de Kraslice, que constrói instrumentos de sopros. Além das fábricas, é bem significativo o numero de luthiers tradicionais autônomos, que produzem instrumentos de alta qualidade, reconhecidos com prêmios internacionais. E continuam surgindo novos empreendimentos, como a firma Petr Furch Guitars, na pequena cidade de Nemcice, que se dedica desde 1981 à fabricação de violões de concerto. Da sua produção de seis mil unidades anuais, várias são adquiridas por virtuosos internacionais, como Glen Hansard, por exemplo, e parte exportada para 32 países. O maior problema dos violões é o braço, que sofre com a tensão das cordas, e, com o passar do tempo, pode se deformar. Após quatro anos de pesquisas, os luthiers da firma Petr Furch apresentaram novo modelo com reforço de carbono regulável que aumenta a longevidade do instrumento e aperfeiçoa a qualidade de som. Mais um sucesso da criatividade dos inventores tchecos, desta vez no campo de instrumentos musicais.