Notícias tchecas

    Alguns artistas,  além dos dons inerentes à própria arte, tem talento para se promover e divulgar suas obras. Outros, mais tímidos, concentram-se no trabalho e se descuidam da auto-promoção. É o caso Milan Dusek, artista plástico de origem tcheca, que este ano completou 90 anos de idade. Milan continua produzindo gravuras, que são sua especialidade.

  O acervo do artista é composto por centenas de chapas de metal. Nascido em Praga, na então Tchecoslováquia, emigrou para o Brasil em 1939 e, em 1972, fixou residência em Brasília. Para especialistas, a obra de Milan deveria ficar nos capítulos da história da gravura brasileira. Nossos parabéns a um tcheco que com sua arte conquistou o Brasil.

   A temporada 2014 de filmes tchecos “Cinema No Pátio” encerrou na última terça-feira com a apresentação do filme “Ninhos e Tocas” do premiadíssimo diretor Jan Hrebejk.  Nem a forte chuva e nem a falta da luz causada pelo temporal e suprida pelos geradores de energia desanimou o seleto público presente no improvisado auditório. 

  Situado em 1968, ano da invasão da Tchecoslováquia pelas tropas russas e os aliados comunistas, o filme, de caráter tragicômico, descreve os conflitos de gerações na sociedade tcheca da época. Para alguns tchecos presentes na seção, que viveram tais acontecimentos in loco, o filme reviveu lembranças tristes. Para alguns brasileiros que desconheciam os contextos históricos, fugiam, às vezes, as razões dos atritos entre famílias politicamente discordantes.  Mas para todos, ficou claro que o expansionismo russo continua agressivo e cruel, como se vê na Ucrânia, onde a população local é massacrada por tropas russas que invadiram o país vizinho, com a intenção de anexá-lo ao império de Putin.

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     Na última segunda-feira, dia 17, o povo tcheco relembrou os acontecimentos de novembro de 1989, que provocaram o fim do regime comunista e o início da redemocratização na antiga Tchecoslováquia.

 No monumento da Avenida Nacional dedicado à memória da Revolução de Veludo, milhares de pessoas colocaram velas, flores e coroas. Homenagens especiais foram dirigidas a Václav Havel,  na época pai do movimento, um dos mais importantes políticos da era moderna do país. O caráter festivo foi caracterizado pela bandeira nacional hasteada nos prédios públicos. A população comemorou a data na Praça São Venceslau, em Praga, assistindo a shows de música popular.

     O projeto Cinema no Pátio, da embaixada tcheca, vai apresentar no dia 25 de Novembro, terça-feira, às 19h30 mais uma comédia dirigida pelo premiadíssimo diretor Jan Hrebejk. O enredo de “Ninhos e Tocas” (Pelisky em tcheco) conta a história de duas famílias que divergem sobre os acontecimentos políticos no país na véspera da ocupação da Tchecoslováquia pelas tropas do Pacto de Varsóvia que eram liderada por generais russos.

 Poética fina e humor inteligente acompanham a narração em forma de mosaico, focando os acontecimentos de três gerações das famílias retratadas. “Ninhos e tocas” foi escolhido como o melhor filme tcheco de 1999. Repetindo a informação: dia 25 de Novembro, às 19h30, na sede da Embaixada da República Tcheca – SES 805, Via L3 Sul, Lote 21-A – acesso pela L2.    

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 Em 17 de Novembro de 1989, 25 anos atrás,  um movimento popular derrubou o regime comunista patrocinado pela antiga União Soviética, que governava a então Tchecoslováquia havia 40 anos. Caracterizado pela opressão policial, o regime perseguia implacavelmente os opositores, especialmente intelectuais, escritores e artistas. No campo econômico, os resultados eram catastróficos. As indústrias, o comércio e os serviços eram estatais e todos os trabalhadores eram funcionários públicos. E como tal, não existiam para eles estímulos para aumentar ou melhorar a produção. Faltava tudo no mercado, até comida. A insatisfação popular culminou naquele novembro de 1989 com manifestações na capital e em outras grandes cidades, e teve a participação de milhões de pessoas. Foram demonstrações pacíficas, mas de muita força moral, apelidadas posteriormente de Revolução de Veludo. 

 Um dos líderes desse movimento foi o escritor Václav Havel, que passou vários anos em prisões comunistas e que, mais tarde, foi eleito presidente da República. O lema da Revolução de Veludo era: “O amor e a verdade devem vencer a mentira e o ódio.” Passados 25 anos, uma pesquisa revelou que parte da população tcheca, que atualmente vive num regime democrático e numa sociedade de consumo, já se esqueceu das dificuldades do regime tirânico. E hoje, apesar da prosperidade da população, existem críticas à situação atual. É uma característica do ser humano essa de sempre reclamar e estar descontente. A principal crítica se refere ao lema da revolução: “ O amor e a verdade devem vencer a mentira e o ódio” que é incontestável no seu conteúdo, mas muito difícil de ser implantado numa sociedade contemporânea.

     As tenistas tchecas voltam a confirmar seu favoritismo, consagrando-se rainhas do tênis feminino mundial.  No final do torneiro Fed Cup, a versão feminina da Copa Davis, realizado na semana passada em Praga, as tchecas ganharam da equipe alemã por 3 a 1, conquistando pela quarta vez o troféu de melhor equipe feminina no mundo. No passado, o mesmo título foi conquistado quatro vezes por tenistas da antiga Tchecoslováquia, totalizando assim 8 conquistas tchecas desse importantíssimo troféu. 

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 Em novembro, o povo tcheco comemora o aniversário de 25 anos da Revolução de Veludo, que acabou com a tirania do sistema comunista implantado na antiga Tchecoslováquia, em 1948, pelo governo soviético. Um dos locais em que serão realizadas as comemorações é Nova York, onde a Filarmônica Tcheca apresentará, em 16 de novembro, um concerto na famosa sala Carnegie Hall. A orquestra vai interpretar, de Antonín Dvorak, a Sinfonia do Novo Mundo, que teve sua estréia nessa mesma sala exatamente 100 anos atrás. 

 Além dessa apresentação, a Filarmônica Tcheca fará uma turnê pelos Estados Unidos, realizando 11 concertos. Em 19 de novembro, no prédio do Congresso Americano, será instalado um busto do ex-presidente tcheco Václav Havel, como reconhecimento da importância desse incansável defensor da democracia e da liberdade. A inclusão do político tcheco na seleta galeria de homens que marcaram presença na história da humanidade é o reconhecimento não só da pessoa de Havel, mas também do povo tcheco que, atualmente, integra o grupo dos países desenvolvidos econômica e politicamente.

 Nos últimos 25 anos, a longevidade na República Tcheca se prolongou em vários anos. Os homens vivem sete anos a mais atingindo em média os 75 anos, e as mulheres aumentaram sua expectativa de vida em seis anos, com previsão de viver, em média, até os 81 anos. A razão desse fato é menos poluição no ar, aliada à mudança de estilo de vida e à medicina moderna. A percentagem de idosos no total dos habitantes aumentou para 17 %. Essa percentagem não é exclusiva do prolongamento de vida dos idosos. Inclui nela a diminuição de nascimentos. Quem não está gostando desta situação é a previdência social, que arca cada vez mais com prejuízos.