O livro Inverno de Praga, escrito por Madeleine
Albright, conhecida mundialmente como a toda poderosa secretária de estado
americano do governo Clinton, está fazendo o maior sucesso entre os leitores no
Brasil. Num determinado trecho, Madeleine, tcheca de origem, declara que o
pensador antigo que mais admira é Komensky. O ídolo da escritora, Jan Amos
Komensky ou Comenius (1592-1670) foi o bispo da Unidade dos Irmãos Tchecos,
inspirada por Jan Hus, o primeiro reformador religioso. Depois da vitória do
rei católico sobre os protestantes, Komensky foi obrigado a fugir da sua pátria
e se exilar em Amsterdã. Ele é considerado o pai da didática moderna, na qual
enfatizou a alfabetização universal e o acesso a escolas grátis para moças e
moços – isso no século XVII ! Entre outras inovações sugeridas por Komensky
consta a ideia de educação pelo teatro, em contraste com o aprendizado
maquinal. Inventou o livro ilustrado para crianças e defendeu a criação de uma
língua universal que ajudasse a unir a humanidade. Não é só Madeleine quem
admira esse grande pensador, toda a parte culta da humanidade reconhece o
grande mérito do bispo tcheco.
No começo de janeiro, a Filarmonia Tcheca, principal conjunto
sinfônico tcheco, comemorou 120 anos de fundação. Para relembrar o
acontecimento, a programação do concerto de gala foi idêntica à da 1ª.
apresentação em 04 de janeiro de 1896: abertura Othello, Canções Bíblicas e
Sinfonia do Novo Mundo, todas de autoria de Antonín Dvorak que, inclusive na
época, dirigiu pessoalmente a orquestra.
O concerto atual foi regido Jiri
Belohlavek, maestro titular do conjunto.
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