Notícias Tchecas

        Quando se fala sobre violinos famosos, não podemos deixar de citar Stradivari, Guaneri e Amati, os célebres luthiers do século 17. Na República Tcheca, há uma família de construtores tão famosa e tradicional quanto os três italianos. É a Família Spidlen, que começou a construir violinos em Praga, há 100 anos.

Seus instrumentos são altamente valorizados pelos principais virtuoses, entre eles o russo David Oistrach, o tcheco Josef Suk e o americano Yehudi Menuhin. Atualmente, quem dirige a oficina é Jan Batista Spidlen, bisneto do fundador. Violinos e violas da marca tcheca estão ganhando concursos internacionais. Muitos clientes precisam enfrentar fila de anos para adquirir um instrumento da marca Spidlen.

    

       As dúvidas sobre o inicio da domesticação dos cães foi parcialmente esclarecida por cientistas tchecos, que encontraram no território tcheco, fósseis caninos de 30 mil anos, do Período Paleolítico. Os animais eram muito maiores do que os atuais. Pesavam cerca de 35 kg e tinham uma largura de 61 cm de um ombro a outro. Realmente bem grandes.

     Uma das muitas atrações turísticas de Praga são os conjuntos musicais que se apresentam nas ruas e praças da capital da República. São grupos de jazz, música folclórica, música medieval e outras. Mas, a partir do março, entra em vigor norma baixada pela prefeitura, que proíbe a participação de instrumentos considerados “barulhentos”, como saxofones, gaitas, percussão, amplificadores e outros, nos espaços públicos praguenses. Praga vai ficar mais triste, mas os conselheiros municipais poderão dormir em paz.

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     A democracia é uma arte complicada e imprevisível. O mesmo povo é capaz de eleger representantes com características e idéias totalmente opostas. Isso aconteceu nos últimos anos na República Tcheca. Nas últimas eleições, foi eleito para presidente da República Milos Zeman, um populista, amigo da Rússia e inimigo dos refugiados árabes, e para dirigir o governo foi eleito o 1º. Ministro Bohuslav Sobotka, presidente do partido Social Democrata.

Político profissional que ocupou cargos importantes em outras administrações, Buhorlav é um técnico que conseguiu elevar no país níveis econômicos, como emprego, competitividade comercial no mercado internacional e estabilidade da moeda. É bem afinado com a União Europeia e respeitado por lideres europeus. Infelizmente não existe harmonia entre ele e o presidente que às vezes age como se acumulasse os dois cargos, exatamente com era na época do sistema comunista. E assim surgem os atritos. Em setembro passado, na abertura da seção anual das Nações Unidas, a República Tcheca tinha dois representantes, o presidente que discursou na Assembléia e o primeiro ministro que se reuniu com representantes de outros países. A desarmonia governamental chegou a tal ponto, que o presidente viajou para Nova Iorque no avião presidencial e o ministro, num outro avião. Além de desperdício do dinheiro público, as atitudes desse tipo mancham a imagem da República Tcheca perante a comunidade internacional.

     Em janeiro, a natureza na República Tcheca endoidou. As temperaturas negativas de 15 graus  do começo do mês mudaram, de repente, para 15 graus positivos. Isso, em pleno inverno!! Dá saudade dos invernos normais com lagos congelados e árvores cobertas de neve.

    

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  Não se fazem mais casamentos como os de antigamente. Estatísticas dizem que a metade dos casamentos na República Tcheca termina em divórcio. A duração média do casamento é de 13 anos. 1/5 dos divorciados já havia se divorciado duas ou mais vezes. A iniciativa para a separação é geralmente da mulher. Para melhorar essa situação, foi organizada em fevereiro a campanha “Semana Nacional de Casamento” com palestras e cursos sobre a problemática.

  Os tchecos adoram as tradições e aproveitam cada oportunidade para relembrar grandes batalhas napoleônicas, festas medievais, feitos heroicos, ou até curiosos dos seus antepassados. Nessa categoria se enquadra a “Corrida com a mala”, realizada regularmente em fevereiro. O motivo é lembrar de Jan Eskymo Welzl (1868-1948), um aventureiro tcheco que fugiu de sua pátria para escapar do serviço militar obrigatório. Viajou pelo mundo, escreveu vários livros e até inventou uma máquina para garimpeiros que procuravam ouro na Alasca. Gostou tanto daquela região, que por lá ficou e se tornou o chefe dos esquimós.

 O carnaval tcheco é bem mais modesto, comparando com o brasileiro. O tópico são blocos de rua que passeiam pelas cidades ou vilas com foliões fantasiados. À noite tem bailes populares. O que falta, alem das beldades seminuas, que naquele frio não aguentariam nem cinco minutos, são as grandes escolas de samba, com luxuosos carros alegóricos e milhares de participantes dos desfiles, que são planejados e organizados com grande antecedência (e com muito dinheiro).

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     A história do Egito Antigo é uma das especialidades dos arqueólogos tchecos. Nas areias quentes do Saara, cientistas tchecos pesquisam as pirâmides dos faraós e das esposas, há dezenas de anos. Já fizeram várias descobertas que esclareceram pontos obscuros da história egípcia. A mais recente descoberta é a de um barco de 18 metros de comprimento, com cerca de 4.500 de idade. Esse feito é tão importante que provocou um encontro do ministro do exterior tcheco, Lubomír Zaoralek, com o ministro de monumentos egípcios, Mamdúh Damat. O ministro tcheco aproveitou a oportunidade para comunicar sobre a organização de uma grande exposição em Praga, em 2019, sobre a pré-história do pais dos faraós

     Nos países onde há inverno com neve e gelo, um dos esportes populares é a patinação. O primeiro esporte na preferência dos tchecos é o hóquei sobre o gelo, tão popular quanto o futebol é no Brasil. Danças no gelo tem competições nacionais e internacionais, inclusive nos Jogos Olímpicos. Corridas no gelo têm seu público cativo na República Tcheca, graças à esportista Martina Sáblíková, que há anos encabeça a lista das campeãs. Na presente temporada, a tcheca vem ganhando tudo. Mesmo faltando uma etapa, ela já garantiu a prestigiosa Taça Mundial de Corrida no gelo.   Nos últimos anos, Sáblíková venceu 42 corridas de longa distância nos campeonatos mundiais.