Quarta-feira
passada, dia 5, o povo tcheco, junto com intelectuais, artistas e políticos do
mundo inteiro lembraram os 80 anos de nascimento do ex-presidente tcheco Václav
Havel, falecido há cinco anos. Em Praga, houve uma manifestação popular na
Praça São Venceslau, a realização de um concerto de gala no Rudolfino,
principal sala de concertos da cidade e apresentações de obras do homenageado
em vários teatros.
Além disso, houve abertura de exposições, palestras e
programas especiais na televisão e nas rádios. Na prisão Bory, na cidade Plzen,
onde Havel foi aprisionado pelos comunistas, foi colocada uma placa com seu
nome. O ex-presidente foi lembrado no Parlamento Europeu e várias estadistas
prestaram homenagens.
A
atual República Tcheca teve vários presidentes, alguns famosos como o primeiro,
T. G. Masaryk, e outros menos conhecidos. Alguns respeitados, outros tolerados
e até odiados. Havel, escritor e dramaturgo, conquistou o mundo pela sua obra
teatral e principalmente pela luta pela democracia e liberdade, em especial na
sua pátria, onde liderou a Revolução de Veludo que acabou com 40 anos da
opressão comunista. Jornais europeus, entre eles o Die Welt alemão, lamentaram a
falta, nos dias atuais, de um personagem como Havel, respeitado e venerado
pelos democratas do mundo inteiro. Lamentavelmente o presidente atual Milos
Zeman é muito ocupado e não participou destas homenagens.
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