quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Notícias Tchecas


     Conforme anunciamos na semana passada, nosso blog vai apresentar os nove candidatos ao posto de presidente da República Tcheca, inscritos para a eleição no início de janeiro do ano que vem. Na semana passada apresentamos o professor universitário Jiri Drahos, candidato independente, que tem apoio de 142 mil assinaturas populares.

     Os candidatos de hoje são Marek Hilser, Pavel Fischer e Vratislav Kulhanek. Para participares do pleito, cada um precisava de no mínimo 50 mil assinaturas da população, ou 10 assinaturas de senadores ou 20 assinaturas de deputados.
 
 
O
primeiro, Marek Hilser, conquistou só 43 mil assinaturas da população, mas angariou onze assinaturas no senado. Marek Hilser é médico, tem 40 anos de idade, é professor da Universidade de Carlos, em Praga, e ativista contra a anexação da Crimeia e a ocupação da parte da Ucrânia pelos russos. Não é filiado a nenhum partido. É um candidato independente, e como tal tem dificuldade para financiar a campanha.
    
O segundo, Pavel Ficher, de 52 anos, se tornou apto ao obter o apoio de 17 senadores. Por oito anos ocupou várias funções no escritório do ex-presidente Václav Havel e, assim, conhece bem as alegrias e tristezas do cargo pleiteado. Entre 2003 e 2010 foi embaixador tcheco na França. Suas características como candidato é a orientação pró-ocidente. Ele, inclusive, defende maior colaboração com os Estados Unidos, a União Europeia e a Otan. É a favor de limitar o número de refugiados no país e coloca em dúvida algumas anistias concedidas pelo ex-presidente Václav Klaus. Mas, sem dúvida, é um candidato tecnicamente bem preparado.
    
O terceiro, Vratislav Kulhanek, de 74 anos, foi chefe da maior fabrica de automóveis tcheca, a Skoda. Ele é outro candidato sem apoio da população. Só conseguiu 35 mil assinaturas. Entretanto, foi indicado por 23 deputados, três a mais do que o número mínimo. Politicamente, Kulhanek simpatiza com a direita e se autoproclama conservador. Recentemente entrou no novo partido ODA. Os pontos fortes dele são a experiência empresarial e a de cartola no esporte como chefe da associação de hóquei sobre gelo e no Comitê Olímpico Tcheco.


sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Notícias Tchecas


   Depois das eleições para deputados ocorridas em outubro deste ano, a próxima eleição será para presidente da República Tcheca, no começo de janeiro. Os tchecos residentes temporária ou definitivamente no Brasil poderão exercer seu direito nos dias 11 e 12 de janeiro de 2018, das 14h às 21h, na Embaixada da República Tcheca em Brasília, ou no Consulado Geral em São Paulo. Só poderá votar o cidadão inscrito na lista de eleitores aptos a votar. Para isso é preciso, na hora de votar, comprovar a identidade com passaporte válido ou outro documento oficial. Passaporte vencido desclassifica o eleitor. Se o resultado do primeiro turno não for conclusivo, haverá segundo turno nos dias 25 e 26 de janeiro, quando vão concorrer os dois candidatos mais votados. Informações complementares serão fornecidas pelos diplomatas da embaixada e do consulado geral.
   Vários candidatos já declararam suas intenções e estão em campanha. Nosso blog vai oferecer informações sobre os postulantes ao cargo máximo da república. Hoje começaremos com Jiri Drahos, de 68 anos.

     
  Formado em química e física, dedicou-se a pesquisas na Academia de Ciências e, gradativamente, acumulou os principais títulos, como: Candidato de Ciências, Doutor em Ciências e Doutor Honoris Causa. Exerceu o cargo do professor universitário e em 2008 foi eleito presidente da Academia de Ciências Tcheca, posto máximo que um cientista pode conquistar. Publicou 60 artigos em revistas estrangeiras e participou do registro de 14 patentes de vários produtos. Frequentemente é convidado para colaborar em universidades de outros países, entre elas a USP - Universidade de São Paulo, onde dá aulas como professor convidado. 
O professor Jiri DRAHOS não é filiado   a   nenhum  partido,   e   vai concorrer como   candidato indepen-dente.  Sem   duvida,  seu  brilhante   currículo   e   a  seriedade comprovada no exercício   de   cargos   públicos   o   qualificam   para   exercer   o  primeiro posto da república.


sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Notícias Tchecas






    Em 17 de Novembro de 1989, 28 anos atrás, um movimento popular derrubou o regime comunista patrocinado pela antiga União Soviética, que governava a então Tchecoslováquia havia 40 anos. Caracterizado pela opressão policial, o regime perseguia implacavelmente os opositores, especialmente intelectuais, escritores e artistas. No campo econômico, os resultados eram catastróficos. As indústrias, o comércio e os serviços eram estatais e todos os trabalhadores eram funcionários públicos, E como tal, não existiam para eles estímulos para aumentar ou melhorar a produção. Faltava tudo no mercado, até comida. A insatisfação popular culminou naquele novembro de 1989 com manifestações na capital e em outras grandes cidades, e teve a participação de milhões de pessoas. Foram demonstrações pacíficas, mas de muita força moral, apelidadas posteriormente de Revolução de Veludo. Um dos líderes desse movimento foi o escritor Václav Havel, que passou vários anos em prisões comunistas e que, mais tarde, foi eleito presidente da República. O lema da Revolução de Veludo era: “O amor e a verdade devem vencer a mentira e o ódio”.  Passados 28 anos, uma pesquisa revelou que parte da população tcheca, que atualmente vive num regime democrático e numa sociedade de consumo, já se esqueceu das dificuldades do regime tirânico. E hoje, apesar da prosperidade da população, existem críticas à situação atual. É  uma característica do ser humano essa de sempre reclamar e estar descontente. A principal crítica se refere ao lema da revolução: “o amor e a verdade devem vencer a mentira e o ódio” que é incontestável no seu conteúdo, mas muito difícil de ser implantado numa sociedade contemporânea.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Notícias Tchecas


    Em janeiro do ano que vem será eleito o novo presidente da República Tcheca, ou Tchéquia. Os principais candidatos participam de debates na TV. 19 concorrentes, entre eles o presidente atual, Milos Zeman, estão regularmente inscritos e em condições legais de participar do sufrágio popular. Conhecido como simpatizante da Rússia e da China, Zeman é frequentemente hostilizado pela população pró ocidente. Aparentemente de saúde fragilizada, circulam na internet notícias sobre doenças do presidente, algumas bem graves. Já seu médico particular afirma que, apesar de certas dificuldades de locomoção, a saúde dele está sob controle, enfatizando que até o nível de açúcar no sangue diminuiu. Assim, afirma, ele está em condições de exercer mais um mandato do principal cargo da república. A decisão está nas mãos dos eleitores.

      A taxa de desemprego na Tchéquia, atualmente de 3,8%, é a menor entre os países da União Europeia. Faltam traba- lhadores para ocupar vagas disponíveis na indústria e no comércio. O número de estrangeiros com carteira assinada aumenta a cada ano. Em 2016 atingiu o respeitável número de quase 400 mil pessoas.  A maioria dos estrangeiros que trabalha regularmente no país é de eslovacos, que representam 2/5 desse total. Outro grupo significativo é da Ucrânia. O Governo tcheco facilita a autorização de trabalho para cidadãos da União Europeia, para estrangeiros que estudam ou se formaram na República Tcheca e para estrangeiros que têm residência definitiva no país.


quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Notícias Tchecas



    No dia 28 de Outubro comemorou-se o dia nacional tcheco, ocasião em que se relembra a fundação da Tchecoslováquia em 1918. Até aquele ano, existia um reino tcheco, às vezes independente, as subordinado a vizinhos poderosos. Por cerca de 400 anos, de 1526 a 1918, o reino tcheco viveu incorporado ao império Austro - Húngaro governado pela a família de Habsburg. Durante o domínio, austríacos tentaram de todas as formas “germanizar” o povo tcheco e convertê-lo à religião católica. Terminada a Primeira Guerra Mundial, o povo tcheco reconquistou sua independência, libertou-se do jugo austríaco e criou a primeira república chamada Tchecoslováquia, unindo a Boêmia e a Morávia, (que abrigavam o povo tcheco), a Eslováquia , e o povo de uma pequena parte da Rússia, que se situava aos pés das montanhas chamadas “Carpatas”.

     Para o presidente da nova república foi eleito o professor Tomás G. Massaryk, um filósofo e intelectual de grande prestígio na comunidade internacional daquela época. As regiões da Boêmia e da Morávia, dentro da República, eram fortemente industrializados e tinham relativamente alto padrão de vida. Já a parte eslovaca, de forte influencia húngara, era mais agrícola. Durante os 20 anos seguintes a Tchecoslováquia desenvolveu ainda mais seu parque industrial e seu sistema democrático formado por um parlamento, partidos políticos, primeiro ministro e o presidente. Com a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha vizinha, a minoria alemã que vivia na Tchecoslováquia começou a organizar um movimento contrario ao governo, que culminou, no ano de 1938, com a anexação da parte da República Tcheca ao 3º Reich de Hitler. No ano de 1939, os alemães ocuparam o que restava da república. A parte eslovaca proclamou sua independência, criando o estado Eslovaco, e se aliou a Hitler. E assim terminou a Primeira República da Tchecoslováquia, cuja fundação, no dia 28 de outubro de 1918 é comemorada.