Em 1948, entre os dias 17 e 25 de
fevereiro, o partido comunista tcheco, liderado por Klement Gottwald, promoveu
um golpe de estado que transformou o país democrático numa cruel ditadura. O
momento decisivo foi no dia 25, quando houve uma grande manifestação na Praça da
Cidade Velha, em Praga, na presença de milícias populares armadas, recrutadas
em fábricas e tropas da polícia. Com esse suporte Gottwald pronunciou um
discurso informando que o presidente Eduard Benes aceitava exigir a renúncia
dos ministros do governo pós-guerra e a nomeação de substitutos indicados por
Gottwald. O novo regime, apoiado pela União Soviética instalou o terror.
Organizou falsos processos que culminavam em pena de morte, nacionalizou a
indústria e o comércio, confiscou as propriedades rurais e criou cooperativas
agrícolas no estilo dos kolchoz
russos (fazendas agrícolas coletivas). Em pouco tempo a economia do país entrou
em colapso. Começou a faltar tudo, inclusive comida. O prometido paraíso
comunista faliu. Foram necessários 40 anos de sofrimento para acabar com o
falso bem estar promovido pelo comunismo e permitir ao país voltar a respirar
livremente, sem medo da polícia secreta e da perseguição ferrenha dos órgãos da
repressão política.
A maior surpresa dos Jogos
Olímpicos de Inverno deste ano, realizados na Correia do Sul, foi a medalha de
ouro conquistada pela esportista tcheca Ester Ledecka no super slalom,
modalidade em que ocupava a 28ª posição. Sem nenhuma expectativa, ela desceu o
difícil traçado totalmente relaxada, brincando com as dificuldades da prova.
Nem acreditou quando viu anunciado o melhor tempo da prova e a inesperada
medalha de ouro para a delegação tcheca. Ester é especialista no snowboard,
aquela prancha que substitui o esqui. Nessa disciplina ela está bem cotada.
Poderá ganhar mais uma medalha.
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