Nestes dias, está em
visita à Brasília, o etnólogo tcheco Mnislav Zelený. Pesquisador e escritor com
passagem pelo serviço diplomático no posto de embaixador tcheco na Colômbia e no
Equador, Zelený estudou a vida dos índios brasileiros com tanta intensidade,
que foi adotado pela tribo Yawalapiti e até acrescentou em seu nome a palavra
indígena Atapava. Os Yawalapati vivem no sul do Parque Indígena do Xingu, região
que ficou conhecida como Alto Xingu, onde grupos falantes de diferentes línguas
compartilham repertório cosmológico, com modos de vida semelhantes, e
articulados por trocas comerciais, casamentos e cerimônias inter-aldeias.
Zelený é membro da sociedade Grande Amazônia, que pesquisa tribos amazonenses e
analisa seus costumes e modo de viver. Ele é autor de artigos e estudos
publicados em revistas especializadas e, frequentemente, é entrevistado por
rádios e redes de televisão. Zelený é preocupado com a constante destruição da
floresta amazônica.
Vive em luta pela preservação da mata e pela manutenção das
tribos indígenas, habitantes originais. O interesse de etnólogos tchecos pelos
índios é antigo. Desde o século XIX, vários cientistas, como Alberto Vojtech
Fric, que viveu entre 1882 e 1944, ficaram conhecidos mundialmente pelo alto
valor dos seus trabalhos nesse campo.
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