No
último sábado, 27 de janeiro, foram concluídas as eleições para o posto de
presidente da República Tcheca. O atual presidente, Milos Zeman, obteve pequena
vantagem dos votos e será reconduzido ao cargo para mais cinco anos. Defensor
incondicional da política expansionista russa, estadista imprevisível, autor de
gafes incompatíveis com o cargo ocupado, inimigo da imprensa e portador de hábitos
pessoais pouco recomendáveis... Tudo isso foi perdoado pelo eleitor tcheco, que
viu na pessoa de Zeman a imagem de um cidadão comum. O que não deveria ser
perdoado é essa simpatia pelo comunismo russo que tão mal fez ao povo tcheco
quando ocupou o país com tanques, prendeu e torturou patriotas e levou a
economia tcheca à bancarrota. O candidato perdedor, Jiri Drahos, professor
universitário com vários títulos, trabalhos publicados em várias línguas é o
representante da parte culta do povo tcheco. Suas qualidades intelectuais e
extrema seriedade o qualificariam para o cargo, mas, mais uma vez, ficou
provado que o povo não gosta dos intelectuais. A população tcheca perdeu uma
oportunidade de eleger uma personalidade com reconhecimento e o respeito dos
principais lideres mundiais, que, certamente, reforçaria o peso da Tchequia na
União Europeia e nos órgãos culturais mundiais. Uma pena! Uma oportunidade
perdida! Esse é o lado negativo da democracia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário