sexta-feira, 31 de julho de 2015

Notícias tchecas

 Na semana passada informamos o falecimento do principal violinista tcheco, o virtuoso Václav Snítil. Lamentavelmente, esta semana estamos trazendo mais uma notícia triste: faleceu no dia 27 de julho, aos 84 anos de idade, Ivan Moravec, um dos melhores pianistas tchecos de todos os tempos.
 Como solista, Moravec teve uma carreira brilhante. Ele se apresentou com quase todas as grandes orquestras e era apelidado pela crítica internacional de “O poeta do piano”. Uma das suas interpretações foi incluída no CD Grandes Pianistas do século XX. Alem da extensa atividade de solista, Moravec dava aulas. Foi professor da prestigiada Academia das Artes Musicais em Praga, onde preparou várias gerações de pianistas tchecos e de outras nacionalidades. Várias de suas gravações receberam prêmios e ele mesmo foi condecorado com importantíssimos títulos. Ivan Moravec é um artista que será difícil substituir.

 O verão deste ano na República Tcheca não deixa nada a desejar aos amigos do sol forte, das piscinas e dos passeios na floresta. Há 35 dias, as temperaturas beiram os 35 graus. Um calor tropical. E a expectativa é que o clima de verão quente, ideal para quem gosta de se bronzear, continuará em agosto. As lagoas, piscinas e alguns rios estão rodeados de mulheres de biquínis, exibindo o resultado de muitas dietas e exercícios exaustivos na busca de corpos perfeitos.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Notícias tchecas

 Faleceu na semana passada, aos 87 anos, Václav Snítil, um dos principais violinistas tchecos, verdadeiro virtuoso que se apresentava como solista com orquestras nacionais e estrangeiras. Esmero camerista, Václav integrava os principais conjuntos tchecos como o Quarteto de Vlach, o Trio de Smetana e o Noneto Tcheco. Também se destacou como respeitado pedagogo. E como professor da Academia de Artes Musicais em Praga, ele teve entre seus alunos os principais interpretes da atualidade, como Hudecek e Sporcl. Václav Snítil foi um artista que deixou um ótimo legado musical para a posterioridade.  
 O público brasiliense já se acostumou a assistir a apresentações de artistas tchecos. Recentemente, duas cantoras, uma violista e alguns atores do teatro de bonecos estiveram em palcos brasilienses. O intercambio cultural entre o Brasil e a República Tcheca também tem registrado a presença de artistas brasileiros lá em Praga. 
  Neste mês, foi a vez do coro brasiliense Cantus Firmus, dirigido pela maestrina Isabela Sekeff, que fez a pré-estreia do novo repertório em Praga, cidade com tradição secular de música coral. Cantus Firmus estava a caminho de Magdeburgo, na Alemanha, onde participou do Gran Prix of Nations e ganhou duas medalhas, uma de ouro e outra de prata. O sucesso do coro na apresentação em Praga foi repetido em Bratislava, Viena e Budapeste. Composto por 45 pessoas, o coro é amador mas possui nível profissional e já comemora 23 anos de existência. A maestrina Isabela Sekeff é formada pela UnB, onde recebeu orientação, entre outros, de dois professores tchecos. Isabela é uma vencedora graças ao seu talento e à dedicação à arte musical.

    


sábado, 18 de julho de 2015

Notícias tchecas

   Nestes dias, está em visita à Brasília, o etnólogo tcheco Mnislav Zelený. Pesquisador e escritor com passagem pelo serviço diplomático no posto de embaixador tcheco na Colômbia e no Equador, Zelený estudou a vida dos índios brasileiros com tanta intensidade, que foi adotado pela tribo Yawalapiti e até acrescentou em seu nome a palavra indígena Atapava. Os Yawalapati vivem no sul do Parque Indígena do Xingu, região que ficou conhecida como Alto Xingu, onde grupos falantes de diferentes línguas compartilham repertório cosmológico, com modos de vida semelhantes, e articulados por trocas comerciais, casamentos e cerimônias inter-aldeias. 
 Zelený é membro da sociedade Grande Amazônia, que pesquisa tribos amazonenses e analisa seus costumes e modo de viver. Ele é autor de artigos e estudos publicados em revistas especializadas e, frequentemente, é entrevistado por rádios e redes de televisão. Zelený é preocupado com a constante destruição da floresta amazônica.
 Vive em luta pela preservação da mata e pela manutenção das tribos indígenas, habitantes originais. O interesse de etnólogos tchecos pelos índios é antigo. Desde o século XIX, vários cientistas, como Alberto Vojtech Fric, que viveu entre 1882 e 1944, ficaram conhecidos mundialmente pelo alto valor dos seus trabalhos nesse campo. 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Notícias tchecas


     No último final de semana, o povo tcheco lembrou os 1200 anos de nascimento de São Metodej, (São Metódio em português) que levou a fé cristã ao território tcheco. Anualmente é organizada uma grande missa campal na histórica cidade de Velehrad, em memória do santo. Há 25 anos, uma dessas missas foi presidida pelo papa João Paulo II. Este ano, nem o calor tropical desanimou milhares de fieis que compareceram a essa comemoração religiosa.
     A série de apresentações do teatro tcheco Lokvar de marionetes, em Brasília, foi um sucesso absoluto. Durante quatro dias, o grupo alternou as peças “A Pequena Sereia” e “João, o Indeciso”, com oficinas de criação e manipulação dos bonecos. Domingo, 5 de julho, o último dia dessa série de apresentações, o sol brilhou nos jardins do Centro Cultural do Banco do Brasil onde, ao ar livre, os bonecos encantaram crianças e adultos. Mais uma vez, a cultura tcheca assumiu o papel de representante diplomático desse pequeno, mas muito desenvolvido país, localizado longe do Brasil, no centro da velha Europa.
   O verão na República Tcheca começou com força total. Desde o final da semana passada, o termômetro vem marcando temperaturas por volta de 35 graus, o que representa um calor recorde, comparado aos registros das ultimas décadas. No domingo passado, a temperatura atingiu 38,5 graus. 
    Os hospitais estão de prontidão, o Ministério da Saúde distribui panfletos com recomendações de como enfrentar essas temperaturas, dando atenção especial a idosos e crianças. Os trens trafegam mais devagar porque o calor afeta os trilhos e há perigo de descarrilamento. Para os brasileiros, esse grau de temperatura é bastante comum, o problema seriam as temperaturas muitos graus abaixo de zero, comuns na República Tcheca, no Inverno.
           


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Notícias tchecas

  Ontem, 03 de julho, completaram-se 161 anos do nascimento do importante compositor tcheco Leos Janacek. Nascido em 1854 na pequena aldeia de Hukvaldy, na Morávia, Janacek recebeu as primeiras instruções musicais no Mosteiro dos Agostinos, em Brno e a  formação profissional em Praga, Lípsia e Viena.
  Em 1881 voltou para a cidade de Brno, a capital da Morávia, onde passou quase toda a vida, como professor do Conservatório de música daquela cidade.
  Sua primeira obra bem sucedida, a ópera Jenufa, foi concluída quando ele tinha 50 anos de idade. O conceito que ele tinha de que as linhas melódicas deveriam refletir o ritmo e a altura do discurso musical tcheco, diferencia do de todos os compositores da sua época. Após aposentar-se como professor, Janacek passou a se dedicar em tempo integral à composição, alcançando sucesso nacional e internacional com as óperas: A Raposinha Matreira, A Questão Makropulos e Da Casa da Morte.
 Na música instrumental destacam-se o Sexteto Juventude, a Danças de Lassko e a heróica rapsódia eslavônica Taras Bulba, a Sinfonieta e a Missa Glagólica, composta quando ele já tinha 72 anos. Janácek foi um compositor nacionalista, que desenvolveu uma técnica eminentemente pessoal influenciada pelo estudo da língua popular falada, cujas inflexões e cadências próprias o compositor considerava o verdadeiro princípio formativo do estilo musical de um povo. Faleceu em 1928, consagrado como um compositor de primeira grandeza mundial e tanto ele quanto sua obra continuam vivos nos palcos mundiais.