sexta-feira, 29 de julho de 2016

Notícias Tchecas

  Além de um grande acontecimento esportivo, a Olimpíada é social. Inúmeros visitantes, inclusive presidentes, ministros, diplomatas, intelectuais, industriais, comerciantes e turistas do mundo inteiro vão se reunir em agosto no Rio de Janeiro, sob o pretexto de assistir aos jogos e torcer pelos seus esportistas. Mas paralelamente aos eventos esportivos, serão promovidas atividades culturais, encontros diplomáticos e outras atividades alheias aos combates dos atletas. O Ministério da Indústria e do Comércio da República Tcheca e o Comitê Olímpico Tcheco organizaram uma exposição da indústria tcheca intitulada “Casa Tcheca”, que ficará instalada no areal MHS Eventos, Avenida das Américas 3434, Bloco 08, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, entre os dias 5 até 21 de Agosto,  das 11h  da manha até à meia noite.  Mais de 50 empresas tchecas, como a famosa fabricante de pianos Petrof, vão mostrar seus produtos. Haverá uma escultura de seis metros em homenagem à lenda do atletismo, Emil Zátopek (1922─2000),  quatro vezes medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. O espaço também oferece amostras da cultura tcheca, gastronomia e degustação da cerveja tcheca.
       Quando surgiram o DVD, a internet e outras formas de assistir a filmes em casa, sentado numa poltrona ou até deitado na cama, os pesquisadores previram o fim dos cinemas. Mas isso não aconteceu, pelo menos na República Tcheca. No primeiro semestre desse ano, a frequência nas salas de cinema aumentou 12%, atingindo o total de sete milhões de espectadores. Considerando a população total de dez milhões de habitantes, incluindo os recém nascidos que ainda não freqüentam as salas, pode-se concluir que os tchecos gostam mesmo é de assistir às películas nas salas de cinema.  



sábado, 23 de julho de 2016

Notícias tchecas

     A seleções de futebol, tanto a brasileira como a tcheca, estão longe das glórias do passado. A salvação vem dos novos talentos que estão surgindo e sinalizam futuro melhor. No Campeonato Mundial Universitário de Futsal da FISU realizado no começo de julho em Goiânia com a presença de 12 países, os times masculino e feminino brasileiros ganharam o título de campeão e o time tcheco conquistou a medalha de bronze, o que, considerando o alto nível dos demais competidores,    é   um    sucesso.
Os tchecos ganharam vários jogos, inclusive contra a Argentina, para alegria dos brasileiros. Num dos jogos da semifinal, os tchecos perderam para os russos, que ficaram em segundo lugar. Na disputa pelo terceiro lugar, os tchecos desqualificaram a favorita França com o placar de 11 a 3. Entre os espectadores que lotaram o areal esportivo em Goiânia, estava um torcedor ilustre: Jiri Havlík, embaixador da República Tcheca no Brasil, que aproveitou a oportunidade para dar várias entrevistas, divulgando informações sobre o lindo pequeno país localizado no centro da Europa, que é a República Tcheca.
     Entre os muitos esportes nacionais de verão na República Tcheca, destaca um que não exige nenhum equipamento especial, só um canivete e uma cesta. É a procura de cogumelos na floresta. As recentes chuvas e o calor do verão europeu facilitaram o crescimento desses pequenos fungos selvagens. Famílias inteiras penetram nas florestas e se arrastam pelo chão para procurar dessa deliciosa iguaria em    baixo    de     árvores    e      arbustos.  
Existem dezenas de tipos diferentes, alguns comestíveis e outros muito venenosos que matam rapidamente os consumidores desatentos. Os pratos mais comuns são a sopa de cogumelos, cogumelos a milanesa e numerosos tipos de molhos, saladas e omeletes. E quem está com dores nos joelhos, impedidos de se abaixar para procurá-los em locais originais, pode comprá-los, frescos ou secos, nas feiras livres. Para comer, os joelhos bichados não atrapalham.





sexta-feira, 15 de julho de 2016

Notícias Tchecas

     A comunidade tcheca de Brasília ficou desfalcada de um dos seus mais expressivos membros. Faleceu às 10 horas do dia 8 de julho, aos 91 anos, o escultor e gravurista Milan Dusek. O artista nasceu em Praga, na antiga Tchecoslováquia, em 1924, e venho para Brasil em 1939, ainda adolescente. Foi morar no Rio de Janeiro. Em 1972, Dusek mudou-se para Brasília e, desde 1978, dedicou-se à gravura, pintura e escultura. A obra dele segue a linha do abstrato, mas encontra uma conexão com o mundo real, ainda que sutil. Seu trabalho é um exemplo de maestria e excelência técnica que abrem caminho para a manifestação simples da beleza.

     O público brasiliense teve a oportunidade de conhecer a obra de Milan em mostras individuais em 1983, 1988 e em 2004, esta, na Casa da Cultura da América Latina da UnB, e em dezenas de participação de mostras coletivas. A gravurista e professora Leda Watson trabalhou por muitos anos em conexão com o trabalho de Milan Dusek e acredita que a morte do artista significa uma grande perda para a cultura brasiliense e brasileira. Ela o avalia como um dos melhores gravuristas do país, cujo legado é um marco para a cidade e para o Brasil. A artista e gravurista em metal Rose Frajmund afirmou que ele fazia um trabalho de gravura sério e meticuloso e que deixou muitos artistas órfãos.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Notícias tchecas

  É interessante acompanhar as relações históricas entre os povos tcheco e brasileiro. O  exemplo máximo é a presença de Juscelino Kubitschek, descendente tcheco, na Presidência da República, avaliado como um dos melhores e mais eficientes ocupantes do posto principal da administração pública na história do Brasil. No campo espiritual,  São João Nepomuceno, um santo tcheco do século XIV, é tão reverenciado no Brasil que tem até uma cidade em Minas com seu nome. A população da cidade mineira, movida pela curiosidade, busca informações sobre o santo e a sua origem no território tcheco, onde também existe,  há   séculos,  uma  cidade  com   o  mesmo  nome. 

Nada mais natural do que procurar intercâmbio entre as duas cidades homônimas. Contatos preliminares culminaram em um acordo de parceria entre a cidade brasileira e a tcheca, assinado entre os dias 14 e 16 de maio, durante a comemoração dos 201 anos de fundação de São João Nepomuceno. Da parte brasileira, o documento foi firmado pelo prefeito Célio Filgueiras Ferraz e da parte tcheca, pelo excelentíssimo embaixador da República Tcheca no Brasil, Jirí Havlík. As comemorações presenciadas por autoridades locais e estaduais se estenderam por dois dias e incluíram a ampliação da biblioteca pública, um espetáculo teatral enfocando a vida do santo, desfiles de colégios, almoços e entrevistas. O próximo passo será o intercambio de autoridades e turistas entre duas cidades, agora irmãs.


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Notícias tchecas

     Na República Tcheca, o dia 27 de junho é dedicado à lembrança das vítimas da opressão comunista instalada após a tomada de poder, em 1948. Naquela época, foram abertos processos contra pessoas consideradas inimigas do novo regime. As falsas provas, torturas e a legislação criada para dar aspecto legal às essas atitudes resultaram em condenações pesadas de pessoas totalmente inocentes, entre elas a doutora Horáková, única mulher executada pelo regime, há 66 anos. Em Praga, como em outros lugares, a morte dela e de outras vítimas do terror comunista foi lembrada com atos solenes. A vontade do povo tcheco é que nunca mais surja um sistema de governo que permita tantas injustiças.

     Um dos santos católicos de grande importância na República Tcheca é São João Nepomuceno, conhecido no país pelo nome original de Jan Nepomuk. Ele nasceu por volta do ano de 1345, na cidade Nepomuk, no reino Tcheco. Sua fama ultrapassou as fronteira do país e conquistou adoradores em vários cantos do mundo. No Brasil, no estado de Minas Gerais, existe, há 201 anos, a cidade de São João Nepomuceno, fundada em homenagem a ele, que preferiu morrer a trair os votos sacerdotais. Jan Nepomuk se formou padre e, graças ao talento e dedicação, galgou altos postos na igreja,    alcançando    o     título     de      vigário     geral    da    Catedral    de    Praga.
Seu crescente prestígio culminou com a função de confessor da rainha, que confiou a ele seus segredos. O marido, o rei Venceslau IV, conhecido pelos violentos acessos de fúria, foi tomado por uma infundada desconfiança em relação à fidelidade da esposa e intimou o confessor a contar-lhe detalhadamente o conteúdo das confissões. O padre se recusou com firmeza, afirmando o princípio da inviolabilidade de segredo da confissão. Cego de furor, rei mandou torturá-lo brutalmente. Nem assim conseguiu dobrá-lo. Então mandou amarrá-lo e o atirar no rio Moldávia, onde morreu afogado em 1383.