sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Notícias Tchecas

  
     A invasão da Tchecoslováquia, na noite de 20 a 21 de agosto de 1968 pelas tropas do Pacto de Varsóvia, foi lembrada em várias solenidades pelo país. Em Praga, em frente à Rádio Praga, uma manifes- tação na última segunda-feira lembrou a parcial destruição do prédio pelos tanques soviéticos e as vítimas humanas durante a agressão. Os oradores exaltaram o heroísmo das pessoas que, desarmadas, enfrentaram tanques e soldados com metralhadoras. Já outras pessoas traíram a pátria e se alinharam aos invasores na procura de vantagens pessoais.         
Na Eslováquia, na capital Bratislava, o premier Robert Fico lembrou a época, após a invasão, conhecida como Normalização, que reinstalou a prática de opressão e perseguição aos democratas. A finalidade desses atos públicos é evitar o esquecimento dessa tragédia e impedir que atos dessa natureza se repitam no futuro.

   
   
A jornalista brasileira Isadora Costa vive  há seis   anos   na   República Tcheca  (que  agora  passou  a   se chamar   Tchéquia ).   Num  artigo publicado   na   internet,  na  série Brasileiros     pelo    mundo,     ela descreve algumas  diferenças  que descobriu  nos  costumes  tchecos. Em vez de se abraçar como fazem os  brasileiros  quando encontram  um amigo,  os  tchecos trocam um aperto de mãos, evitando o contato físico mais emotivo.   É praticamente uma regra, ao chegar  em  casa ou à casa de alguém,  tirar  os  sapatos  e  calçar chinelos guardados na entrada, junto à porta. Outro costume gene- ralizado é começar as refeições principais com uma sopa. 


Os pequenos resfriados, comuns nas regiões frias, produzem escorrimento do nariz, que os tchecos assoam em qualquer lugar sem o menor constrangimento. Apesar de ser um país em sua maioria ateu, o natal é celebrado por toda a população com árvores decoradas, biscoitos especiais e comidas típicas. Nos trens, ônibus e metrôs há um silêncio quase total, porque a maioria dos passageiros sempre lê algum livro, jornal ou revista. Nas estradas, não existe pedágio, mas os motoristas precisam comprar um selo anual que franqueia o tráfego. E o melhor, deixamos para final: nos restaurantes, a cerveja custa menos do que a água! Parece que Isadora gostou da experiência tcheca e quem sabe, resolve lá ficar para sempre. 

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Notícias Tchecas

   O  dia 21 de agosto traz uma triste lembrança para o povo tcheco. É que em 1968, 47 anos atrás, as tropas da União Soviética e do pacto de Varsóvia, compostas por tanques e centenas de milhares de soldados, invadiram a antiga Tchecoslováquia.
  Os invasores ocuparam a República, prenderam os governantes e instalaram um novo governo, submisso ao comando de Breznev, matando o sonho do socialismo humanitário imaginando pelo então líder tcheco, Alexander Dubcek, que, cheio entusiasmo, patriotismo e esperanças, estava no poder havia apenas sete meses.   
A concepção socialista do dirigente soviético Leonid Breznev era bem diferente e muito menos democrática. De socialismo só ostentava o nome, pois, na prática, era uma cruel ditadura. A experiência tcheca foi esmagada por ser considerada perigosa, segundo a opinião dominadora dos soviéticos. Demorou 22 anos para que o país reconquistasse a soberania e com isso a independência política, que só aconteceu depois da queda do muro de Berlim.

   A economia na Tchéquia (República Tcheca) não para de crescer. Estatísticas informam que o aumento do PIB produto interno bruto nos últimos doze meses foi de 4,5 %, um dos maiores entre os países da União Europeia. E só não foi maior por falta de mão de obra. Comparando com o sistema econômico durante o regime comunista, quando faltava quase tudo, inclusive carne e produtos de primeira necessidade, fica mais do que comprovado que o sistema capitalista, quando bem administrado, é muito mais vantajoso para toda a população do que a economia socialista que de socialismo só tinha o nome.

República Tcheca - PIB Taxa de Crescimento Anual


  

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Notícias Tchecas


     Na Ásia e na Europa, o uso de tecidos coloridos, tanto na decoração como nas vestimentas, é bem comum. A variedade e a combinação de cores são incontáveis. Entretanto, existe um azul que só é encontrado  na República Tcheca, (cujo nome mudou recentemente para Tchéquia) na pequena cidade de Olesnice. Lá, produzem-se, desde o século XVI, tecidos ornamentais com a cor azul escura, típica da região. Existe uma oficina artesanal, onde a família Danzinger fabrica toalhas de banho, fronhas, lençóis, toalhas de mesa e outros produtos decorativos, tudo nesse azul característico. 
 A citada oficina funciona sem interrupção há duzentos anos e agora é administrada pela quinta geração da família de fundadores. Grande parte da produção é exportada e comercializada em lojas de luxo. Os turistas podem visitar a oficina e assistir às explicações dadas pelo próprio dono, além de comprar um estoque de toalhas azuis.

  
   Como no Brasil, onde existem grandes times de futebol que competem não só no gramado, mas também por meio de torcidas nem sempre pacíficas, na Tchéquia existem alguns clubes com tradição de mais de 100 anos, com torcedores fanáticos. Os dois times mais conhecidos são o Sparta e o Slávia. No passado, o mais forte era o Sparta, mas o campeonato 2016/17, que terminou em maio, consagrou o Slávia como campeão. Também consagrou Milan Skoda, capitão do time, como o melhor jogador da temporada e o treinador, Jaroslav Silhavý, como o melhor treinador do ano. Os torcedores do Slávia estão fazendo figa para que esse sucesso se repita também nas próximas temporadas.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Notícias Tchecas

   Em 1993 a Tchecoslováquia foi dividida em dois países, a República Tcheca e a Eslováquia. A separação procedeu amigavelmente, sem guerra, sem brigas. Os dois povos, ambos de origem eslava e que falam línguas bem parecidas, mantêm laços de amizade quase fraternais. Encontros bilaterais ocorrem não somente no campo diplomático e comercial, como também no cultural. 
Há 25 anos se repete, no mês de julho, na vila de Velká Javorina, na fronteira entre os dois países, um encontro entre tchecos e eslovacos. Num campo aberto, apresentam-se conjuntos musicais folclóricos e populares, tocando músicas antigas que lembram a convivência histórica, que, conforme alguns, não deveria ser interrompida pela separação.

    Em 15 de Abril deste ano, as Nações Unidas aprovaram a mudança do nome da República Tcheca para Tchéquia. Essa mudança tem várias justificativas. O novo nome é mais curto e é mais parecido com nomes de outros países, que são expressos com uma palavra: Polônia, Hungria, Eslováquia, Rússia, Alemanha, etc. O nome histórico do país era Reino da Boêmia, que mudou, em 1918, para Tchecoslováquia ao se unir com à Eslováquia. Durante a Segunda Guerra Mundial, o país foi ocupado pela Alemanha e novamente mudou o nome. Passou para Protetorat Böhmen und Mähren. Depois da guerra voltou a ser Tchecoslováquia e em 1993, depois da separação da Eslováquia se transformou em República Tcheca. E agora, recentemente, foi renomeada como Tchéquia. O nome usado pelos nativos é Cesko.