quinta-feira, 6 de março de 2014

NOTÍCIAS TCHECAS – PARA 08 de março de 2014


     A invasão da Crimeia, que faz parte da Ucrânia, pelas tropas russas lembra a invasão de Hitler à antiga Tchecoslováquia em 1939, e de tropas soviéticas em 1968. Nessa ocasião a Tchecoslováquia procurou, sem sucesso, humanizar o socialismo. Por isso, a maioria do povo tcheco se solidariza com o povo ucraniano e condena a agressão russa a um país independente.
    Ao fim dos Jogos Olímpicos de Inverno deste ano, os atletas tchecos contabilizaram oito medalhas e ficaram em 15º. lugar no cômputo geral das nações participantes. A patinadora Sablikova e a snowboardista Samková conquistaram medalhas de ouro. Sablikova também ganhou uma medalha de prata. As demais medalhas, três de prata e duas de bronze, foram levadas pela equipe de biatletas.
Na tradicional competição cinematográfica do Oscar deste ano, diretores e artistas tchecos não conquistaram nenhuma da cobiçada estatueta. Porém um nome tcheco apareceu na relação dos ganhadores. A vida da pianista tcheca Alice Herzova, nascida em 1903, foi tema do curto documentário The Lady in Number 6: Music Saved My Life, que ganhou a estátua na categoria. Alice Herzova foi uma virtuosa pianista com brilhante carreira antes da 2ª. Guerra Mundial. Após a ocupação da Tchecoslováquia pelas tropas nazistas, em 1939, ela foi deportada para o campo de concentração na cidade de Terezin. Lá a pianista, realizou mais de 150 concertos para os prisioneiros. A função de Alice, que ficou conhecida como a artista do campo, ajudou-a a sobreviver ao terror da prisão. Após a guerra, ela retornou a carreira de virtuosa e, posteriormente, a de professora, e virou tema desse documentário vencedor. Alice Herzova faleceu aos 110 anos de idade, uma semana antes da premiação do documentário sobre sua vida.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

NOTÍCIAS TCHECAS – PARA 01 de março de 2014


   O Trio Smetana, que já se apresentou duas vezes, com grande sucesso. em Brasília, lançou recentemente na República Tcheca dois discos. Formado pela pianista Jitka Cechova, o violinista Jiri Vodicka e o violoncelista Jan Pálenícek, o conjunto gravou, no primeiro disco, Trio de Maurice Ravel e Trios n. 1 em dó menor e n. 2 em mi menor de Dimitrij Shostakovic. O segundo disco foi dedicado a Johannes Brahms. Acompanhados pela Orquestra Filarmônica da cidade de Hradec Králove, os membros do trio gravaram Concerto duplo para violino, violoncelo e orquestra e Concerto para piano em ré menor n. 1 do compositor alemão.  O Trio Smetana foi fundado em 1934 pelo lendário pianista Josef Pálenícek. Os componentes atuais do trio já tocam juntos há 15 anos e formam o principal conjunto camerístico tcheco e também europeu. Esperamos que sejam convidados para retornar ao Brasil e dar novamente ao público brasiliense, a mostra do seu virtuosismo e musicalidade.
     A leucemia linfática infantil, há 50 anos, era uma doença que não tinha cura. Era uma sentença de morte. De lá para cá, muitos estudos foram feitos e bons resultados conquistados Atualmente já se consegue salvar mais de 80 % das crianças vitimadas por essa cruel doença. Entre os cientistas que descobriram novos procedimentos no combate da leucemia, destaca-se a equipe tcheca da Faculdade de Medicina da Universidade de Carlos,  em Praga, liderada pelo professor Jan Suchý, cujo trabalho foi elogiado pela revista americana Journal of Clinical Oncology.
     O total de carros registrados na República Tcheca atingiu, no final do ano passado, quase cinco milhões de unidades. Considerando que a população tcheca é de cerca de dez milhões de habitantes, existe, para cada dois cidadãos, inclusive recém nascidos, um veículo rodando pelas estradas tchecas entre carros de passeio, utilitários e caminhões. Lembrando que, na época do comunismo, o prazo de entrega de um automóvel era de vários anos e só podia comprar quem obtivesse parecer favorável do partido comunista, é, sem dúvida, um grande progresso.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

NOTÍCIAS TCHECAS – PARA 22 de fevereiro de 2014


    Todas as nações comemoram datas que marcam sua história. Com entusiasmo, alegria e fogos de artifício são lembradas conquistas, finais das guerras, fundação de estado independente e democrático, entre outras. Da mesma maneira, mas com tristeza, são lembradas mortes de mártires, ocupações pelos inimigos e guerras perdidas. Um desses tristes acontecimentos foi lembrado ontem pelos tchecos. O sonho da formação de um estado democrático pós-segunda Guerra Mundial foi sistematicamente minado pelo partido comunista tcheco, apoiado pelos soviéticos. Grandes indústrias, bancos e casas comerciais foram nacionalizados. Não muito tempo depois, foi a vez da nacionalização das indústrias menores. No final do processo, não sobraram nem os sapateiros particulares. Tudo passou a ser administrado pelo governo. O mesmo aconteceu com a agricultura. Toda a terra foi estatizada e os agricultores foram obrigados a se associarem às cooperativas agrícolas ou às fazendas estatais. O processo culminou em 21 de fevereiro de 1948, quando o primeiro ministro comunista Klement Gottwald provocou a queda do governo representativo das forças políticas da época e instalou novo governo formado por comunistas e seus aliados. Esse golpe recebeu apoio dos trabalhadores comunistas que, armados com fuzis, ovacionaram o discurso de Gottwald, proferido naquele gelado dia na Praça da Cidade Antiga, em Praga. Uma vez consolidado o poder total do Partido Comunista na Tchecoslováquia, foi instalada uma ditadura cruel e impiedosa que reinou por 40 anos. 21 de fevereiro não é uma data para comemorar, mas para lembrar um dos momentos mais tristes da história do povo tcheco.