A sociedade Cultural Brasil - República Tcheca, na pessoa do
seu presidente o professor Bohumil Med, deseja um prospero Ano Novo 2013 para todos os compatriotas tchecos residente no Brasil e para todos os amigos do povo tcheco.
Bohumil Med
Neste mês, cristãos do mundo inteiro comemoram, o nascimento de
Jesus Cristo. Na maioria das religiões, o ritual de comemoração é bastante
parecido. A parte profana, porém, varia bastante conforme as tradições de cada
povo.
Na Republica Tcheca, o Natal começa a ser comemorado na noite do
dia 24 de dezembro, com uma ceia no horário habitual do jantar. O cardápio
típico é peixe, geralmente carpa, servido numa sopa como entrada e à milanesa
com maionese, como prato principal. A escolha desse Cardápio se justifica pelo
fato de que o peixe foi o primeiro símbolo dos cristãos primitivos. Como
sobremesa, uma variedade de biscoitos especialmente preparados para a ocasião.
Tudo começa a ser organizado com bastante antecedência. Os biscoitos, de vários
tipos e formatos são feitos pela dona de casa várias semanas antes. O peixe é
comprado vivo nas feiras montadas nas praças publicas e conservado até o dia 24
de Dezembro, nas banheiras transformadas em tanques de água, para a alegria das
crianças, que cutucam, alimentam e brincam com eles.
No mundo inteiro, inclusive na República
Tcheca, registra-se falta de homens dispostos a se casar, deixando muitas moças
aguardando impacientemente o aparecimento do príncipe encantado. Segundo
crenças populares, existe
Este é o ano dos tenistas tchecos. Após a
conquista do FED CUP pelas mulheres, domingo passado, dia 18, os homens
conquistaram a COPA DAVIS. Em final dramático o tcheco Radek Stepanek venceu o
espanhol Nicolás Almagro e assim definiu o resultado final de 3 a 2 para a
República Tcheca. O time espanhol, considerado favorito, não confirmou as
expectativas e voltou para casa sem a prestigiada taça. A partida final foi
jogada em Praga, onde o apoio dos torcedores tchecos colaborou para a conquista
histórica. Os tchecos reconquistaram a TAÇA DAVIS após de 32 anos de
tentativas.
Termina
em 2 de Dezembro o prazo de inscrição para participar do pleito para escolha do
presidente da República Tcheca, programado para janeiro do próximo ano. É
necessário se inscrever na Lista Especial de Eleitores da Embaixada Tcheca em
Brasília, ou no Consulado Geral em São Paulo. Falta só uma semana.
Há
23 anos, no dia 17 de novembro de 1989, um movimento popular derrubou o regime
comunista patrocinado pela antiga União Soviética, que governava a
Tchecoslováquia havia 40 anos. Caracterizado pela opressão policial, o regime
perseguia implacavelmente os opositores, especialmente intelectuais, escritores
e artistas. No campo econômico, os resultados eram catastróficos. Todas as
indústrias, comércio e serviços eram estatais e todos os trabalhadores eram
funcionários públicos. E como tal, não existiam para eles estímulos para aumentar
ou melhorar a produção. Faltava tudo no mercado, até comida. A insatisfação
popular culminou naquele novembro de 1989, em manifestações na capital e em
outras grandes cidades, com a participação de milhões de pessoas. Foram
demonstrações pacíficas, mas de muita força moral apelidadas posteriormente de
Revolução de Veludo. Um dos líderes do movimento foi o escritor Vaclav Havel,
que passou vários anos em prisões comunistas e que, mais tarde, foi eleito
presidente da República. O lema da Revolução de Veludo foi “O amor e a verdade
devem vencer a mentira e o ódio” Passado esses 23 anos, uma pesquisa revelou
que parte da população tcheca esqueceu-se das dificuldades do regime passado,
substituído pelo regime democrático e pela sociedade de consumo. E hoje, apesar
da prosperidade da população, existem críticas à situação atual. É uma
característica do ser humano sempre reclamar e estar descontente. A principal
crítica se refere ao lema da revolução “O amor e a verdade devem vencer a
mentira e o ódio” que é incontestável no seu conteúdo, mas muito difícil de ser
implantado numa sociedade contemporânea.
Em setembro passado, o já premiado maestro
tcheco Jiri
Os Três Mosqueteiros em pele e ossos estão na
Amanhã comemora-se o dia nacional tcheco, ocasião em que se
relembra a fundação da Tchecoslováquia em 1918. Até aquele ano, existia um
reino tcheco, ás vezes independente, às vezes subordinado a vizinhos poderosos.
Por cerca de 400 anos, de 1526 a 1918, o reino tcheco viveu incorporado ao
império Astro-Hungro governado pela família de Habsburg. Durante o domínio, os austríacos
tentaram de todas as formas “germanizar” o povo tcheco e convertê-lo á religião
católica. Terminada a Primeira Guerra Mundial, o povo tcheco reconquistou sua
independência, libertou-se do jugo austríaco e criou a primeira república
chamada Tchecoslováquia, unindo a Boêmia, a Morávia, (que abrigam o povo
tcheco), a Eslováquia, e o povo de uma pequena parte da Rússia, que se situava
aos pés das montanhas chamadas “Carpatas”.
Para presidente da nova república foi eleito o professor
Tomás G. Massaryk, um filósofo e intelectual de grande prestigio na comunidade
internacional daquela época. As regiões da Boêmia e da Morávia, dentro da
República, eram fortemente industrializados e tinham relativamente alto padrão
de vida. Já a parte eslovaca, de forte influência húngara, era mais agrícola.
Durante os 20 anos seguintes a Tchecoslováquia desenvolveu ainda mais o parque
industrial e o sistema democrático formado por um parlamento, partidos
políticos, primeiro ministro e presidente. Com a ascensão de Hitler ao poder na
Alemanha vizinha, a minoria alemã que vivia na Tchecoslováquia começou a
organizar um movimento contrário ao governo, que culminou, no ano de 1938, com
a anexação da parte da República Tcheca ao 3º Reich de Hitler. A parte eslovaca
proclamou sua independência, criando o estado Eslovaco, e se aliou a Hitler. E
assim terminou a primeira República da Tchecoslováquia, cuja fundação, no dia
28 de outubro de 1918 está sendo comemorada.