sexta-feira, 31 de maio de 2013

Notícias da República Tcheca 01/06/2013

No dia 05 de Julho, os protestantes tchecos se lembraram da morte trágica de Jan Hus, primeiro grande reformador religioso tcheco, ocorrida em 1415. Jan Hus antecipou as idéias de Martinho Lutero, que somente em 1517, cem anos depois, publicou seus 95 argumentos contra o comportamento da igreja Católica.

Jan Hus além de padre, foi escritor, pregador e professor universitário. Ele iniciou um movimento reformador que criticava os maus costumes da igreja Católica como: a venda de perdões, a vida imoral dos padres e a exploração dos fieis pela igreja. O povo adorava seus sermões, e suas idéias se espalhavam rapidamente pelo reino tcheco. Esse movimento provocou descontentamento na alta hierarquia da igreja Católica. Convidado para defender suas teses junto ao Concilio da Igreja Católica na cidade suíça de Constância, foi condenado herege, e, no dia 05 de julho de 1415, foi queimado vivo numa fogueira. Sua morte provocou um levante no reino tcheco e resultou na instalação do primeiro estado protestante na Europa que prevaleceu por cerca de 200 anos, até 1620, quando, numa batalha na Montanha Branca, situada perto de Praga, as tropas protestantes tchecas foram derrotadas pelo exercício católico, liderado pelo imperador austríaco, que incorporou o Reino Tcheco e proibiu a fé protestante.

A importância ao mestre, Jan Hus, é atribuída não somente como percursor do protestantismo na Europa. Jan Hus também reformou a estrutura administrativa da Universidade do Rei Carlos IV, da qual foi reitor, garantindo aos professores de origem tcheca o poder de decisão. Publicou vários livros com temática da Bíblia para a língua tcheca. Influenciado pelas idéias do reformador inglês, John Wycliffe, defendeu a justiça social, o humanismo e a importância do raciocínio como pré-requisito de emancipação do individuo. Outra contribuição importante de Jan Hus foi a reintrodução da língua tcheca no canto litúrgico durante as missas, permitindo assim maior participação do povo nos rituais religiosos.

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