sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Notícias tchecas

     Na última quinta-feira,  29 de novembro foi aberta uma exposição dedicada ao octogésimo aniversário do ex-presidente tcheco Václav Havel, no SESC da 504/505 Sul. Havel foi um presidente que ficou no coração do povo para sempre, diferentemente de alguns que, quando terminam sua missão, são logo esquecidos, como bem destacou no seu discurso o embaixador da República Tcheca   em     Brasília,    Jirí  Havlík.
Ele lembrou a trajetória do ex-presidente como um homem corajoso que se opôs à ditadura comunista com seu aparelho opressivo. Protestou contra a ocupação da Tchecoslováquia pelas tropas soviéticas em 1968 e assinou a famosa Carta 77, na qual intelectuais corajosos discordavam veementemente da ditadura reinante no país. Havel foi preso, torturado e seus livros e dramas teatrais, nos quais ele mostrou uma capacidade excepcional de identificar erros e crimes do regime totalitário e formular a filosofia e a essência da democracia moderna, foram proibidos.



     A luta de Havel em defesa dos direitos dos cidadãos e da liberdade de expressão, recusava a violência, a opressão. A preferência pelo diálogo transformaram-no em líder nacional, cuja consequência natural foi sua eleição para o cargo de presidente da República Tcheca. Ele foi um exemplo de artista e escritor sem pretensões políticas. Ainda assim, foi conduzido pela vontade popular ao mais importante posto de uma república, posto esse que ocupou por onze anos.
     Concluindo seu discurso, o embaixador Jiri Havlík salientou que a mensagem deixada por  Václav Havel é universal e atemporal. Ele defendia que é dever de qualquer país respeitar e proteger os direitos humanos dos homens e das mulheres em qualquer parte do mundo.

     A exposição recém inaugurada na SESC 504/505 fica aberta até 14 de dezembro. A entrada é franca.    

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